25 DE ABRIL A Revolução dos Cravos continua a dividir a sociedade portuguesa , sobretudo nos estratos mais velhos da população que viveram os acontecimentos, nas facções extremas do espectro político e nas pessoas politicamente mais empenhadas. A análise que se segue refere-se apenas às divisões entre estes estratos sociais.
Extremam-se entre eles os pontos de vista dominantes na sociedade portuguesa em relação ao 25 de Abril. Quase todos reconhecem, de uma forma ou de outra, que a revolução de Abril representou um grande salto no desenvolvimento político-social do país .
À esquerda, pensa-se que o espírito inicial da revolução se perdeu. O PCP lamenta que não se tenha ido mais longe e que muitas das chamadas "conquistas da revolução" se tenham perdido. Os sectores mais conservadores de direita tendem a lamentar o que se passou. De uma forma geral, uns e outros lamentam a forma como a descolonização foi feita. A direita lamenta as nacionalizações no período imediato ao 25 de Abril de 1974, afirmando que a revolução agravou o crescimento de uma economia já então fraca . A esquerda defende que a o agravamento da situação económica do país é consequente de medidas então programadas que não foram aplicadas ou que foram desfeitas pelos governos posteriores a 1974 , desfeitas as utopias da construção de um socialismo democrático.TRABALHO DE OCTÁVIO ALVES
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